BI Semantic Model – Novo formato do SSAS 2012

Fala galera, acredito que todos já estão sabendo das grandes novidades do SQL Server 2012. Uma das novidades que mais gostei de estudar foi relacionada ao novo formato Tabular para se trabalhar dentro do SSAS (SQL Server Analysis Services).

Essa possibilidade de se trabalhar também com o formato Tabular só é possível por causa do modelo BISM (BI Semantic Model). Esse modelo novo nos permite trabalhar tanto com o formato Multidimensional que já estamos acostumados, quanto com o formato Tabular. Vale lembrar que o modelo do BISM não é aplicado somente para os projetos do Analysis Services, ele está presente em toda a experiência do novo BI da Microsoft, englobando até o front-end que pode ser apresentado em Excel, PowerPivot, Sharepoint, Reporting Services, PowerView, etc.

Para facilitar o entendimento do BI Semantic Model, vale fazer uma analogia com um ambiente de 3 camadas, como na imagem abaixo:

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Estas 3 camadas, são divididas basicamente em Design Type, Business Logic e Data Access, veja em vermelho na área central da figura acima.

A camada de Design Type representa nossa flexibilidade em se trabalhar com ambos ambientes, seja em uma modelagem Multidimensional ou Tabular. Quando se abre o SSDT (SQL Server Data Tools) – substituto do BIDS (Business Intelligence Development Studio) – o desenvolvedor pode escolher qual modelagem o projeto vai ser desenvolvido. É necessário entender o cenário que o projeto será desenvolvido antes de criar a modelagem, o desenvolvedor deve levar esta questão em consideração. A ferramenta que o cliente final irá utilizar para trabalhar com o projeto de BI também deve ser levada em consieração, por exemplo, o Excel consegue trabalhar com ambas modelagens (seja Multidimensional ou Tabular) já o PowerView, por enquanto, só trabalha no modelo Tabular.

A camada de Business Logic engloba a interação das ferramentas com o processo interno da modelagem do BI a ser escrito. Isso significa que teremos acesso a nossos dados processados, seja no formato MDX (Multidimensional Expression) que já trabalhamos a mais de 10 anos em nossos modelos Multidimensionais, ou com o formato DAX (Data Analysis Expressions) que começou a ser utilizado fortemente com o PowerPivot do Excel e foi incorporado no Business Logic do BI Semantic Model.

A camada de Data Access nos fornece acesso a diversas fontes de dados, inclusive externas. Analisando a imagem acima, podemos ver acessos de Banco de Dados Relacional, Arquivos de Dados, OData Feeds, etc. As duas possibilidades de consumir essas informações são Cache e Passthroug. Explicando rapidamente o que é o modelo de Cache, ele consulta as informações na origem e armazena em uma camada de interna preparada para trabalhar com essa massa de dados e acesso em alta velocidade. A modalidade de Passthrough força o processamento da consulta nas origens, segmentando o processamento fora do servidor de BI e utilizando o poder de processamento distribuido (cada origem processa sua informação) e não faz cópia desses dados.

A utilização do BISM nos dá uma flexibilidade no desenvolvimento e transparência para nossos clientes. Para os clientes na ponta final não importa se é um modelo Tabular ou Multidimensional, se faz consultas através de MDX ou DAX, se o processamento é em Cache ou Passthrough. O que importa é que a ferramenta que ele usa pra fazer as análises está entregando as informações com rapidez e precisão.

Sobre Diego Nogare 347 Artigos
Diego Nogare é Gerente Técnico de Engenharia de Machine Learning no Itaú-Unibanco. Também é professor em programas de pós graduação no Mackenzie e na FIAP, em São Paulo. Foi nomeado como Microsoft MVP por 11 anos seguidos, e hoje faz parte do programa Microsoft Regional Director.